top of page
Identidade de Renata.
Quem Somos
Nossos Sabores
Quem Faz

ENTREGUES À PRÓPRIA SORTE

A VIDA DE PESSOAS QUE FORAM VÍTIMAS DE ABANDONO PARENTAL

Conheci meu pai apenas com 23 anos e admito que só consigo escrever essas linhas após superar muitos traumas. Escrever foi a desculpa que usei para superar os sofrimentos e dores de ser abandonado – ao mesmo tempo, ter sido abandonado é o motivo de eu escrever essa matéria. Mas minha história vou contar depois, sei bem que sou uma exceção da regra e que nem todas as história são iguais.

 

O que muita gente vive e não consegue definir por meio de palavras, a jurisprudência do direito traduziu como “omissão do genitor em cumprir os encargos afetivos decorrentes do poder familiar, que geram danos emocionais merecedores de reparação". Tal é o conceito de abandono afetivo; mas antes de tudo é necessário humanizar o sentimento, respirar fundo e deixar um trigger warning com letras garrafais: 

 

EU TE ENTENDO.

​

​

​

EU SEI QUE VOCÊ CONHECE ALGUÉM QUE NÃO TEVE PAI

 

No Brasil 5,5 milhões de pessoas não possuem o nome do pai na certidão de nascimento. Só para ter uma ideia, esse número é maior do que a população de Brasília, com cerca de 3 milhões de habitantes. Mas o número fica ainda mais assustador se parar para pensar que muita gente que não conhece o pai ou, então, que não o teve presente, possui o nome do progenitor na certidão – o meu caso (mas calma que ainda tem muita coisa para contar antes).

 

Na longínqua e elegante Milão, Itália, muitos imaginam que os brasileiros que lá vivem, estão cercados por luxo e desfrutando de um paraíso; porém os sofrimentos e dores que são originados ainda no Brasil acompanham no além mar, o que torna a existência uma ambiguidade, como no refrão de uma canção grunge da banda Alice in Chains: “Like the coldest winter chill: heaven beside you, hell within” (Como o arrepio mais frio do inverno: o paraíso ao seu lado, o inferno dentro de você”). Assim é a vida de Renata Bastos.

 

Como na maioria dos casos, seu pai abandonou a família assim que ela nasceu. A mãe de Renata tinha 17 anos e a recém-nascida foi morar com a avó. E durante a infância, cercada de bullyng na escola por não ter um pai, todo ano em cada dia dos pais, Renata fazia um presentinho na esperança de ele aparecer. Mas as esperanças dela eram sempre frustradas, e nesse tempo todo ela lembra de tê-lo visto duas ou três vezes, que não registrou (foto).

​

Na Bahia de 31 anos atrás, Renata entrou na estatística de não ter o nome do próprio pai na identidade e por consequência também nunca teve o apoio financeiro dele. Por desígnios do destino, sua mãe conheceu um italiano, Paolo, e Renata mora com eles na Itália, em Milão, desde os 11 anos. Mas o abandono deixa marcas não apenas na criança, mas também em toda a família. Segundo Renata: 

"Como consequência do abandono, minha mãe nunca foi presente comigo, nunca foi "mãe". E o que eu adquiri? Transtorno de personalidade Borderline".

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

A FALTA MESMO NA PRESENÇA

​

Minha vida universitária começou em 2011, cursando psicologia na extinta Universidade Gama Filho. Vi que não era a minha cuidar do sofrimento psíquico de outras pessoas, eu que precisava tratar dos meus, então tranquei antes de terminar o primeiro semestre. Lá, no curso de psicologia, conheci Juliana Costa, que por coincidência do destino, agora também cursa jornalismo na Universidade Veiga de Almeida. Mas ela foi mais longe que eu, chegou até o sexto período e trocou de curso.

 

Sentados no bosque da Veiga, conversamos sobre as semelhanças e diferenças de nossas vidas. Sim, admitimos que entramos em psicologia mais no intuito de buscar uma auto compreensão dos próprios problemas e trocamos para o jornalismo por finalmente entendermos o que somos e o que queremos. Mas até chegar nesse ponto foi um longo caminho percorrido, com mais incertezas e dúvidas do que a necessidade de afeto preenchida.

 

Quanto  a nossa principal diferença, Juliana, de 24 anos, conhece os próprios pais e, inclusive mora com eles, porém a ausência foi sentida de mesma forma – tal qual se sentir sozinha quando se está acompanhada, e nesse caso pelas próprias pessoas que te deram a vida. Creio que a frase que melhor define a situação é: “uma casa nem sempre é um lar”. Lembra-se de ver os pais apenas uma ou duas horas por dia durante a infância, muito por causa do emprego de ambos, mas mesmo quando estavam em casa o sentimento entre os pais e a filha eram distantes.

 

Como sempre acontece nestes casos, Juliana foi criada pela avó materna, que a educou, "foi minha referência familiar e me ensinou todos os valores”, em suas próprias palavras. Mesmo com a avó preenchendo grande parte das necessidades de afeto quando ainda era criança, Juliana já tinha a percepção da ausência dos pais e sempre buscava suprir a demanda deles para com ela: "eles queriam uma filha inteligente, então ela se esforçava para ser a melhor da sala, por exemplo."

 

O que posso antecipar de minha história é que ser abandonado me deu a sensação de ser descartável, como um “lixo que foi esquecido”, além de uma culpa, o que Juliana também compartilha, como se fosse dela a responsabilidade pela ausência dos pais, como “não fosse suficientemente boa”. E esse vazio na relação entre ela e os pais gerou nela um sentimento de que a mãe sempre a iria abandonar, a qualquer momento, mesmo quando era para entrar no ônibus por trás enquanto a mãe entrava pela frente. Como ela própria disse “Meu medo é tão grande que me aproximo dele o tempo todo”.

​

​

​

​

​

​

​

​

​

 

 

 

 

 

 

 

 

Quando tinha seis anos, a mãe disse para Juliana: “Eu não gosto de você e você não gosta de mim...”, aos 17 que “se fosse você (Juliana) eu me mataria”, pela jovem ter queimado um arroz. Palavras marcam e aumentam a sensação de isolamento dentro da própria casa, e claro gera consequências. Em Juliana foi a de ser demasiadamente desconfiada em relação a intenção das pessoas, ter dificuldades em relacionamentos interpessoais, ter a sensação de que as pessoas próximas irão a abandonar a qualquer momento – sintomas característicos do transtorno que ela desenvolveu depois dessas experiências: o Borderline.

​

​

SEMPRE TRANSBORDANDO

​

Para entender melhor os traumas e transtornos que podem ser gerados após um abandono, conversei com Pedro Aleixo, psicólogo formado pela Universidade Veiga de Almeida e pós-graduando em psicologia clínica em Gestalt-Terapia pelo Instituto de Gestalt-Terapia do Rio de Janeiro. Em especial sobre o Borderline, Pedro afirma que a prática de Gestalt é um pouco diferente da psicologia tradicional, e não necessariamente irá trabalhar em cima de um diagnóstico, mas obviamente também não nega os estudos científicos, pois o terapeuta Gestalt não ficará atento necessariamente ao sintoma, mas sim a pessoa que está passando por aquele comportamento, ou seja, os encontros com o paciente e a escuta de seus sofrimentos são fundamentais no processo para que o paciente perceba o que está acontecendo com ela, em um processo de autoconhecimento para aprender a lidar com seu próprio sofrimento.

​

Pedro afirma que o grande problema do diagnóstico em Borderline é o fato de ser muito fácil encaixar diversas pessoas nos sintomas listados no Manual de Diagnóstico Psiquiátrico (DSM-5, o mais recente): como o de pessoas emocionalmente instáveis, impulsivas, que aparentam episódios de raiva, que não conseguem lidar bem com negligência e abandono e muitas vezes apresentam outro diagnostico, como a bipolaridade por exemplo. “O Borderline, o próprio nome é autoexplicativo: é uma pessoa que vive na borda, transbordando. Uma pessoa que vive agitada, mas ao mesmo tempo muito depressiva e segundos diversas pesquisas, a pessoa que possui Borderline apresenta muitas tentativas de suicídio, inclusive sendo essa um dos principais motivos para que uma pessoa que apresente comportamento Borderline procure terapia”, afirma Pedro.

 

Desde o início da entrevista com Pedro quis entender porque as duas pessoas que entrevistei para esta matéria foram diagnosticadas com o Transtorno de Personalidade Borderline (que a partir de agora será chamado de TPB). Queria entender a relação entre o abandono e o desenvolvimento do TPB. Pedro me explicou que a grande questão que o DSM-5 afirma sobre o borderline é como ele lida com o abandono (sendo o abandono um dos 9 sintomas do TPB que estão no Manual de Diagnóstico Psiquiátrico), e principalmente a pessoa se sentir culpada por ter sido abandonada: “a pessoa se sente culpada pelo pai, pela mãe não ama-la ou por eles não apresentarem um sentimento de amor, o que junto com outros sintomas geram um diagnóstico de TPB. Mas também nem todas as pessoas que são abandonadas possuem TPB, isso porque depende muito da forma como a pessoa lida com o mundo e das variantes dos fatos que se sucedem em sua vida.

 

Em relação ao tratamento, Pedro afirma que em geral quando crianças vão buscar auxilio psicológico na Gestalt é por indicação dos pais, mas “muitas das vezes a criança é só mais um sintoma de uma família disfuncional". Quando é um adulto que traz questões em que a relação com os pais é um problema, nesse contexto, a Gestalt possui como método terapêutico a  “busca da solução no ‘aqui e agora’, pois no passado tua mãe te abandonou por exemplo, mas o que a Gestalt busca é solucionar o problema atual, que seriam os traumas e dores que a pessoa sente no presente por causa do abandono – pois apenas podemos mudar o presente”.

 

Mas também devemos manter o otimismo, pois segundo o DSM-5 existem dois transtornos de Personalidade que com o decorrer dos anos diminuem: que é o Borderline e o Transtorno Anti-Social. Segundo Pedro, com o passar dos anos a pessoa vai aprendendo a compreender os limites, aprendendo a se entender um pouco mais e a lidar melhor com as situações que o mundo a apresentam, mas “temos que nos preocupar em chegar nesse ponto, pois o Borderline pensa muito em suicídio, pois se ele não conseguir ver que existe uma nova perspectiva, ele sana aquela dor em uma oportunidade que ele tem de terminar a própria vida.”

​

 

 

 

UM NOVO CAPÍTULO

 

Um dia minha mãe falou para minha vó: “Acho que achei o Amilton no Facebook e enviei uma mensagem para ele”. Minha vó me contou depois a conversa que elas tinham tido. Já de início me enchi de curiosidade, pois a única coisa que eu sabia do meu pai era que o nome dele é Amilton, de resto eu nunca tinha visto nem uma foto dele, não sabia como era sua fisionomia, voz, ou até mesmo seu endereço.

​

A partir daí ao mesmo tempo que a curiosidade me comia por dentro, também havia o sentimento de medo: o medo de ser abandonado de novo. Antes disso, minha família materna perguntou algumas vezes se eu queria procurar meu pai e minha resposta sempre havia sido negativa, pelo receio de meu pai não querer me conhecer, o que seria gerar um “segundo abandono".

 

O sentimento de abandono é algo recorrente na minha vida, algo que sempre fugi justamente por me fazer relembrar meu “abandono original” – meu pai me registrou, até me incluiu em seu plano de saúde na época, mas quando eu tinha cinco meses ele simplesmente foi embora e nunca mais o vi ou soube onde ele estava – a sensação é ser abandonado era para mim como se eu fosse descartável, pois nem mesmo meu pai me quis, então, o que esperar do mundo?

 

Talvez como um modo de autoproteção lembro pouco da minha infância e o que lembro são fatos sem importância, como quando fiz uma gangorra com palitos de picolé e sem querer acertei uma bola de massinha de modelar no cabelo da professora. As minhas lembranças iniciam quando eu tinha em torno de 12 ou 13 anos, quando lembro de começar a sofrer por não ter um pai.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

​

​

​

​

​

​

​

​

Ao mesmo tempo, ser abandonado é querer ter lembranças de coisas que não aconteceram, como ter alguém para jogar bola, te ensinar “coisas de menino” e até te dar uma bronca. Não é fácil lidar com esse sentimento, ainda mais todo ano tendo um dia dos pais e você não conseguir ter nenhum sentido positivo para esta data.

 

Depois disso tudo, desenvolvi um transtorno depressivo chamado distimia, busquei ajuda psicológica depois de diversos traumas não resolvidos que cobravam um esclarecimento. Foi então que certo dia minha mãe foi tomar banho e deixou o celular em cima do sofá e aproveitei para “fuxicar” as mensagens dela atrás do nome do meu pai, a única coisa que sabia sobre ele, então achei.

 

Um pouco transtornado, sem saber o que fazer, fiquei vendo as fotos, assim conheci a família que nunca tive e descobri que tinha até outros irmãos. Foi muito difícil assimilar tudo e fiquei alguns dias pensando no que fazer com minha mais nova descoberta, foram dias dolorosos em que minha vida toda passou como um filme na minha cabeça até que eu decidi adicioná-lo.

 

Meu pai falou que ficou atônico quando eu o adicionei, então me aceitou e mandou uma mensagem bem positiva falando que era “o momento que ele tanto esperava”, em resposta escrevi uma mensagem bem grosseira colocando toda minha dor e revolta para fora, finalmente tendo a possibilidade o de encarar cara a cara, mesmo que pela internet, aquela pessoa que tinha me causado tanta dor e entrar em um momento que eu poderia resolver tudo.

 

Mas admito que não foi assim que encarei na hora, senti apenas raiva, até por minha avó paterna já ser falecida e eu não ter tido a oportunidade de conhecê-la. Eram dúvidas que eu não conseguia sanar e incertezas totalmente imprevisíveis. Falei que ainda não estava pronto para conhecê-lo pessoalmente, mas depois de algumas semanas respirei fundo, tomei coragem e falei que ele poderia vir até minha casa.

 

Quando o vi pela primeira vez só consegui falar “Amilton de Souza Oliveira, como você está?”, que era tudo o que eu sabia sobre ele. Foi um sensação estranha, como deixar um desconhecido entrar na tua vida sem ter certeza se era isso que eu realmente queria, mas achava que era o melhor a se fazer. Ele deu algumas explicações, que teve problemas com minha família. Não aceitei a resposta e não aceito até hoje, mas foi o momento de aprender a viver com a nova situação.

 

A partir daí foi conhecer meus irmãos, a esposa de meu pai, minha família paterna; enfim, entender que agora eu tinha um pai e sabia quem ele era. Algo totalmente novo e como tudo que é desconhecido, causou medo. Apresentei ele a meus amigos e alguns ficaram mais amigos dele do que eu mesmo fiquei, na verdade, ainda é muito difícil ser próximo ao meu pai. Muitas vezes ainda é um desconhecido.

 

Assim, fui tentando organizar minha vida com a nova realidade, minha família aceitou bem e achou bom. Uns três meses depois descobri que seria pai, novamente me vi na situação de fazer um mergulho ao desconhecido, mas dessa vez eu estava em outra posição, no papel de futuro pai.

 

A primeira coisa que pensei foi: como vou saber ser um pai se não tive um? E durante as primeiras semanas este pensamento se acumulou com o fato de estar desempregado. Foi um momento de mais incertezas que alegrias, de não saber como seria a vida daquela pessoa que já dependia de mim.

​

 

VAI DAR TUDO CERTO

 

Hoje tenho a ideia de que a gestação dura cerca de nove meses justamente para preparar os pais para a maior responsabilidade de suas vidas. E durante este tempo, embarquei numa preparação para ser algo que não tive. Tive e ainda tenho muito medo de falhar, pois seria me tornar o que mais critiquei e mais me fez sofrer na vida. Mas, como uma intuição, algo sempre me disse que tudo ia dar certo.

 

Quem também tem uma experiência parecida de não ter conhecido o pai e ter que assumir a responsabilidade e afeto de se tornar pai foi Marcos Piangers, escritor do best-seller “O Papai é Pop”, pai de duas meninas, Anita e Aurora. Troquei alguns e-mails com Marcos para aumentar minhas referências do conceito do que é ser um pai e de sua atuação. Sim, a paternidade pode ser vista quase como uma fórmula cientifica, porém nunca exata.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um grande desafio para mim foi não ter nenhum exemplo para me espelhar, tendo que buscar isso através de livros, experiências de outras pessoas e com Marcos foi parecido, para ele: “Muitas das coisas que eu aprendi não foram lendo livros, mas prestando atenção ao meu redor. Conversando com minha esposa, com minha mãe, e até mesmo com as minhas filhas a medida que elas vão crescendo, então fui percebendo que poderia ser um marido melhor, um pai melhor, e é claro um homem melhor. Mas sem sombras de dúvida um pai carinhoso, atencioso e participativo tornaria a minha vida de pai mais fácil. Referências são muito importantes. Acho que tive que aprender pelo caminho mais difícil e doloroso. Eu adoraria ter tido uma referência para me ajudar nos momentos de dúvida.”

 

Daqui a dois dias Louise, minha filha, completará três meses de existência e a cada dia é uma novidade e um aprendizado, pois não tive nenhuma referência paterna e o único exemplo que tive me dá a certeza: de nunca abandonar, pois cada um de nós é importante e, como minha avó Ignez me ensinou e a quem também dedico está matéria, nunca devemos desistir de nossos filhos. Até que chega um momento que mais importante que as dúvidas e incertezas, é simplesmente fazer e deixar o passado para trás, pois finalmente é possível perceber que só temos o presente. Mas foi um longo caminho para chegar aqui e quase nunca foi fácil. 

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

 

O CENÁRIO DE CRIANÇAS E PRETENDENTES PARA ADOÇÃO

​

O relatório do CNA (Cadastro Nacional de Adoção) emitido pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) apontou em sua última versão, um total de 41.263 pretendentes e 8.086 crianças e jovens cadastrados. Deste total, somam-se as parcelas de disponíveis e vinculados (adoção efetuada). Do total de crianças disponíveis, 59,3% ainda continuam à espera de uma  família adotiva.

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

Entre os pretendentes e crianças disponíveis para adoção, a procura mostra-se polarizada nas faixas etárias mais baixas. 81, 59% aceitam apenas crianças de até 5 anos, 6,29% do total de jovens disponíveis, com relação de pretendente/criança equivalente a 122/1. Enquanto isso, há uma demanda de jovens adolescentes com poucas chances de adoção. A aceitação para maiores de 10 anos é de 1,13%. A demanda de jovens disponíveis de 14 anos em diante representa 50,66% da disponibilidade total, no entanto a aceitação por essa faixa etária é baixíssima (0,28%), o que gera uma estimativa de adoção nessa faixa etária de apenas 0,04%.

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

Quanto à aceitação de raças, menos da metade dos pretendentes ainda disponíveis aceitam qualquer etnia. Dentre as etnias, as crianças brancas são as mais aceitas, enquanto que os índios são os mais rejeitados.

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

Os dados apontam que deficientes e/ou portadores de doenças possuem maior dificuldade de acharem pais adotivos. A proporção do grupo pelo total de cadastrados aponta situação mais complicada especificamente para deficientes físicos e mentais, com respectivos percentuais de vínculo (13,4%) e (10, 2%). Ambos possuem baixo percentual de aceitação (5,5%) e (2,9%).

​

bottom of page